O LAR É O CORAÇÃO DO ORGANÍSMO SOCIAL
Em casa, começa nossa missão no mundo. Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos. Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos. Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo. Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre. Francisco Cândido Xavier. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla. FEB.

O LAR VIVENCIADO A BASE DO EVANGELHO

Dos lares evangelizados sairão os primeiros frutos para um novo amanhecer que se aproxima. Seres reformados dentro dos princípios cristãos, os únicos que nos fornecerão uma vida de eterna felicidade. Neste momento, em que a Nova Era se aproxima, onde o avanço da ciência e da tecnologia se faz presente na vida dos filhos de Deus,no plano material, é estritamente necessário a vigilância dos pais com relação aos filhos, que ingressam na inovação das oportunidades e facilidades para percorrerem o universo, sem que dos seus lares se afastem. O perigo eminente em que as famílias se encontram, somente na conversação com seus filhos, no sentar e apresentar-lhes Jesus, nosso Irmão Maior, como Pastor das Almas, poderá nos ajudar a salva-los do grande turbilhão de dores e sofrimento no amanhã. Pensemos mais em como proporcionar aos nossos filhos a oportunidade de conhecerem o lado do bem ou do mal, mas procuremos vigiá-los e orientá-los, como é nosso dever de pais. Sentemos com a família uma vez por semana, e busquemos juntos o Evangelho Cristão, independentemente do segmento religioso nosso, pois os Princípios Sagrados não os exige. Para isso,é necessário que vejamos no Criador a fonte de Luz de que precisamos para sermos felizes, e que somente através do seu Filho Amado Jesus Cristo chegaremos até Ele. A juventude dos finais do século presente está conturbada com a gama de informações deturpadas a respeito de uma vida feliz. Confunde liberdade com o acesso aos maus princípios, através dos quais serão arrastados ao fundo do abismo e de lá terão grandes dificuldades á regressarem, sem dor e sofrimento. Não vos iludais, pais e mães, que a vós muito será cobrado. Se tiverem cumprido com a sua parte, também muito serão beneficiados, pela alegria de no amanhã, em um futuro bem próximo, verem seus filhos em uma vida feliz, e muitos de vós se regozijarão. Um lar sem o Evangelho é o reduto para as trevas, aonde influências deletérias de todas as ondas de estímulos serão emitidas as mentes de todos e principalmente, a dos seus filhos que ainda em matéria iniciam a nova caminhada para o seu refazimento espiritual. Sentai-vos com seus filhos antes de qualquer coisa, e façam do seu dia uma benção de luz e alegria pela oportunidade da vida. Não desperdiçais o momento para o refazimento de todos. Disciplinar a vida de seus filhos, organizando tarefas para a construção de uma vida feliz. “Vivei como o homem da vossa época, mas vivei com equilíbrio” – Jesus, para que no amanhã possam colher os frutos de uma boa árvore, brotada através da semente que vocês, pais e mães, semearam nos corações de seus filhos. Deus abençoará a todos vocês que passam pela vida material e dela colhem as verdadeiras riquezas para o vosso coração. Sedes fortes e corajosos, na luta contra a iniquidade. Levantem a bandeira da caridade e semeie de início no reduto filial, para onde foram enviados, com o dever de nele germinar os bons frutos para uma sociedade mais justa e mais humana no amanhã. Estaremos nos corações de cada um de vocês, principalmente daqueles que já compreenderam as suas funções junto aos seus filhos, que nosso Pai lhes emprestou para ajudá-los a sair das vias da perdição. O lar continua sendo o coração do mundo, muito embora muitos deles ainda se encontram emaranhados pelas riquezas materiais, esquecendo que foi no lar que o Mestre Jesus recebeu as suas primeiras lições de amor na vida, como filho de Maria e José, e dali distribuiu a todos nós. Lembrem-se: As riquezas materiais não são a única via de felicidade dos filhos de Deus, que retorna à escola do mundo material. Não devemos dar a estas o valor superior aos bens verdadeiros da vida, que a traça e a ferrugem não destroem, como assim nos ensina o Evangelho Sagrado de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Irmão Maior. Que Maria, Mãe de todos nós, seja a protetora de todos os lares do Santo Universo do PAI.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Nosso Lar Completo

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A CANÇÃO DE QUALQUER MÃE


A CANÇÃO DE QUALQUER MÃE (LYA LUFT


"Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante

Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação

Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão de camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar alguma queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já estão grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independendo da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entender vai absorver; e o que não absorver vai enfeitar e tornar bom.

Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e se tantas vezes só de olhar para vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí. Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu precise de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem. Toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.

Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez nos meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter."

(LYA LUFT)